Domingos na Farmácia #4

domingo, agosto 14, 2016



Hello hello :)
Domingo no estaminé é dia de rubrica em parceria com o Dr. Ricardo Rodrigues. O tema de hoje é um tema que sei que é muito procurado nos dias de hoje: alergia ao látex e preservativos.

Querem saber mais?
A alergia ao latex define-se como uma reação imunológica contra as partículas do látex da borracha natural, após sensibilização prévia, ou seja, é necessário haver um contacto anterior para que ocorra a reação. Segundos dados estatísticos, estima-se que 1% da população mundial seja alérgica ao látex.


Algumas pessoas encontram-se mais predispostas a esta alergia, sendo elas pertencentes a um dos três seguintes grupos:

- Adultos que trabalham em áreas com elevada exposição às proteínas do látex, como por exemplo, dentistas, cirurgiões, anestesistas, etc. Estes trocam de luvas muitas vezes por dia, aumentando o risco de sensibilização e desenvolvimento da reação alérgica. Trabalhadores da indústria da borracha também apresentam aumento da prevalência de alergia ao látex.

- Pessoas que necessitam de manipulações cirúrgicas, como neuropatas e nefropatas. Indivíduos com doenças com alteração do fecho do tudo neural (mielodisplasia) ou espinha bífida.
- Pessoas que apresentem doenças atópicas (asma, rinite alérgica, dermatite atópica, alergias alimentares)


A reação mais comum aos produtos contendo látex é a secura extremar e a irritação da área que teve contacto, algo que é chamado de “dermatite irritativa”. A pessoa apresentará sintomas imediatos após contacto com produtos contendo látex, como conjuntivite alérgica, rinite alérgica ou asma. Pode apresentar urticária de contacto com comichão e formação de placas com vermelhidão no local. As reações podem ser leves ou até potencialmente fatais, como anafilaxia.


Como evitar/tratar? 

O indivíduo deve ter um plano de ação para situações de emergência, além de ser orientado de forma clara para evitar o látex. Luvas de látex podem ser substituídas por luvas de nitrilo ou silicone, assim como preservativos sem látex. Neste último caso, e em contexto de Farmácia Comunitária, existem alternativas no mercado aos preservativos ditos “normais”. A Durex e a Control, por exemplo, apresentam uma alternativa a estes. A nível de proteção contra Doenças Sexualmente Transmissíveis e prevenção de uma gravidez indesejada são em tudo semelhantes aos preservativos normais. A única diferença, em termos de material, é que os preservativos sem látex são mais porosos, pelo que leva a um pequeno decréscimo na prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis.


Mais uma vez muito obrigada ao Dr. Ricardo Rodrigues pelos esclarecimentos sempre úteis :)

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2 comentários

  1. ando desconfiada que faço uma ligeira reacção alérgica ao latex :/
    E agora que li o teu artigo até me encaixo num dos grupos de pessoas com maior pré disposição para tal..

    «- Pessoas que apresentem doenças atópicas (asma, rinite alérgica, dermatite atópica, alergias alimentares)»

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