Francius -.-

terça-feira, agosto 19, 2014

Chega o mês de Agosto e com ele chegam os parolos! Sim P-A-R-O-L-O-S, porque pessoas que tem tanto orgulho nacional e depois vêm para cá (e acham que sabem) falar francês não cola!
Chega o mês de Agosto e é ver carros com matrícula francesa (e não só mas na sua grande maioria) com o símbolo da Federação Portuguesa de Futebol no vidro traseiro do carro. Não estão a perceber? ISTO:

(imagem retirada da internet)

Chega o mês de Agosto e é ver as praias cheias de "franceses" que passam todo o santo dia a (achar que sabem) falar francês, mas que a meio do dia se enervam com o "puto" (mal educado!) e soltam uma caralhada... F*dasse, C*ralho... "Ah ok, são "portugueses" pensamos nós com ar desprezível...

1º - Alguém me pode explicar a necessidade de ter um símbolo da FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE FUTEBOL no vidro traseiro de um carro? 
2º - Porquê o símbolo da federação? LOOOOOOOOL
3º - Porque raio é que vêm para cá todos cheios de cagança quando no país onde estão mal saem de casa para conseguirem ter dinheiro para vir de férias e armarem-se em ricos?
4º - Qual é a necessidade de tentarem falar francês? É para se armarem aos cágados? É que na maioria das vezes o francês não é assim tão perfeito como os próprios crêem!
5º - Têm tanto orgulho nacional (ao ponto da pirosada no vidro traseiro do carro) e vêm para cá falar francês? Não estou a perceber!!!

Putaqueospariuatodos! É por isso que prefiro ter férias em qualquer mês sem ser agosto! -.-
A minha mãe está imigrada em França e: não vem para cá falar francês porque graças a Deus que está no país dela e não tem de falar aquela que não é a língua dela, não tem uma bandeira no vidro traseiro do carro porque não há necessidade e muito menos vem para cá empinar o nariz! Como o meu namorado diz: a minha mãe não é a típica imigrante e GRAÇAS A DEUS!

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8 comentários

  1. O que me incomodava neste mês, ateriormente, era o facto de quase nunca encontrar lugar para estacionar porque vivo a 2 min a pé da praia, mas agora já tenho garagem.

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  2. O que eu me fartei de ver carros assim lá no norte agora nas férias.

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  3. Ora nem mais ... acho a mesma coisa!
    Acho que não vale a pena chegarem cá a acharem-se melhores do que quem está cá. Enfim...

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  4. Quando entenderes essa cena do autocolante, explica!!
    É que é tudo com essa porcaria no vidro do carro!!!

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  5. Emigrantes desses eu também dispenso, de facto.
    Beijinho*

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  6. R*

    Como sabes também estou emigrada em França e não me considero a típica emigrante, assim como a tua mãe e todos os recém-emigrantes. Mas sou casada com um emigrante, filho e neto de emigrantes e por isso sinto que o teu post merece algumas respostas:

    - Os recém-emigrantes não têm o mesmo tipo de vida e mentalidade que os antigos emigrantes e os seus filhos. Estes trabalham de facto, com pouca vida social, para poderem ir de férias a Portugal e gozar bem aqueles dias com que passam o ano a sonhar. Mesmo a mim, se me derem a escolher entre não sair de casa em França durante um ano para poder economizar dinheiro para ir até Portugal, estar com os amigos, viajar até às terras onde vivem as famílias e poder aproveitar aqueles mês sem pensar em dinheiro, faria-o sem problemas. Aliás, é o que faço. Temos uma conta onde vamos colocando dinheiro (não o usando por isso na vida social francesa) para o usarmos quando vamos a Portugal: ir visitar os amigos, ir ao cinema, etc...Não é armar-me em grande: é aproveitar o melhor para mim.

    - O meu sogro vive há 30 anos em França e não fala correctamente francês. Homem de poucos estudos, aprendeu francês na rua e é da maneira que aprendeu que fala. Quando vai a Portugal, saem-lhe palavras e frases em francês (principalmente com os filhos, já nascidos em França) porque é a língua mas usada no trabalho e com eles. E é difícil desligar o interruptor ao fim de 11 meses a falar francês e, chegado a Portugal, falar apenas português para que tu e outros não o julguem e não digam que ele "está a tentar falar francês".

    - Os emigrantes de hoje viajam mais facilmente para Portugal e várias vezes por ano se quiserem. Antigamente era uma vez por ano e com sorte. O uso de símbolos portugueses ajuda a atenuar as saudades e a sentir que a ausência do país não lhes está a cortar a nacionalidade. Eu própria usava um pin pequenino no casaco com a bandeira portuguesa quando fiz Erasmus. Era um conforto. Os meus sobrinhos, nascidos em França e sempre a viver em França, com visitas a Portugal apenas nas férias, têm orgulho em serem portugueses e gostam de usar camisolas a dizer "Portugal". É algo cultural. E um símbolo como o da federação portuguesa de futebol é isso mesmo, um conforto. Há quem coloque o contorno de Portugal. Se eu gosto? Não, acho excessivo. Mas compreendo.

    Acho triste, muito triste tratar assim os portugueses que todos os anos trabalham para poderem vir a Portugal nem que seja um mês. Lutam, trabalham, esforçam-se, têm orgulho nas suas origens, perdem infelizmente muitas coisas boas de Portugal, perdem o contacto com a língua, aplicam as suas poupanças num país que, ao recebê-los, os goza e enxovalha desta maneira.

    Espero que um dia não aconteça à tua mãe aquilo que até a mim já me aconteceu: só me lembrar da palavra francesa para algo e ser essa que sai da minha boca, para grande tristeza minha. E espero que nunca tenha tantas saudades do país dela que tenha vontade de ter algo português com ela para lhe dar consolo.

    E termino dizendo que GRAÇAS A DEUS ainda há gente em Portugal que sabe receber os seus compatriotas sem gozo e com empatia.

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  7. Quando estive no Norte tb vi uma série de carros do Luxemburgo (naquela zona são mais os emigrantes no Lux do que em França) com esse mesmo simbolo; é mesmo de uma pessoa se passar da cabeça e ficar enjoada com a situação. Podem ter orgulho no país de onde vêm, mas há limites para o patriotismo.

    O meu tio tb está emigrado em França; os meus avós são da altura da emigração para esse país. Apenas quando a filha dele está cá é que se fala francês, porque o marido dela e os filhos só falam essa língua.

    Existe uma piada que costumamos fazer à custa dos portugueses emigrados em França com a mania das grandezas.

    "Está uma mãe na praia e chama o filho:
    'Jean-Pierre, vien ici. '
    O filho não vem. Novamente: 'Jean-Pierre, vien ici.'
    Nada. 'Jean-Pierre, meu grande cabrão, anda cá!!' "

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  8. Aqui os suiços é a mesma coisa...Muita coisa da seleção e tal, mas pronto.

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